Resenha: A QUEDA DUM ANJO.

  Olá, amorecos! Como vão? Ultimamente estou em uma correria sem fim (trabalho, compromissos etc), ficarei mais ativa aqui do que a Polly, pois ela está 100% focada nos estudos — para um concurso — então decidimos que por enquanto, eu serei a “comandante” aqui até ela voltar. Enfim… voltando ao nosso papo original, hoje irei falar sobre mais uma novela portuguesa que li por esses tempos: “A Queda dum Anjo” do autor Camila Castelo Branco. Se ainda não conhece a obra, vamos conferir abaixo mais detalhes!

A Queda dum Anjo (1)

» Ficha Técnica:

Autor: Camilo Castelo Branco

Editora: Civilização Editora (Portugal)

Edição: novembro de 2012

Coleção: Novos Clássicos

Número de páginas: 191

Gênero: Romance, Novela, Literatura Portuguesa

Avaliação: ★★★ 3.5/5.0

A Queda dum Anjo (2)

» Sinopse:

Calisto Elói é um erudito fidalgo transmontano, austero e conservador, ligado ao passado, às lições da História, às antigas noções de moralidade e bondade e mergulhado constantemente nos seus clássicos de História, Cultura, Música, Vinhos, Filosofia. Eleito deputado do Minho, Calisto é enviado para Lisboa como representante da região. Defensor acérrimo das suas convicções sobre a moral, a verdade e a justiça, a sua cruzada contra a depravação e a corrupção acaba esquecida, quando ele próprio se deixa corromper pelo luxo e pelo prazer que imperam na capital, tomando como amante uma prima afastada, Ifigénia, e transitando da oposição miguelista para o partido liberal no governo. Ironicamente, Teodora, esposa de Calisto, acaba por imitá-lo na devassidão: desprezada pelo marido, une-se a um primo interesseiro e sucumbe aos vícios da modernidade.

A Queda dum Anjo (3).jpeg

» Opinião:

Essa foi a segunda obra do autor português Camilo Castelo Branco que tive a oportunidade de ler. Aqui, encontramos uma diferença de criatividade em relação à “Amor de Perdição” do mesmo, onde a novela narra uma história de amor trágica e triste. Em “A Queda dum Anjo“, nosso protagonista Calisto Elói é um fidalgo transmontano, rico, inteligente, conservador, uma vez que é ligado ao passado sobre suas origens e de famílias nobres, conhece e acredita fielmente na moral do ser humano e bondade, mergulha profundamente em livros dedicados à História, Música, Vinhos e Filosofia. Mas quando é eleito deputado em Lisboa — consequentemente, mudando-se para lá —, Calisto Elói se depara com outro tipo de vida e costume, àquela que a sociedade não se importa fielmente com os bons costumes.

Essa gritante distância entre o certo, errado, moral e conservador, faz Calisto Elói no começo do seu mandato, invocar com determinação os ensinamentos que aprendeu ao longo dos anos e com os livros, entretanto, isso muda completamente quando, Calisto Elói, se perde ao longo do caminho e deixa-se consumir pela depravação e corrupção moral da capital.

Casado há anos e deixando a esposa no interior, Calisto Elói se vê perdidamente apaixonado por um desconhecida prima que conhece em Lisboa, e a partir daí, sua vida “pura, fiel e honrada” se modifica para “manchada, obscura e imoral”. Como Calisto Elói lidará com essa complicada situação. O que Teodora — sua esposa —, fará quando descobrir as atitudes do marido na capital? E como Ifigénia — a prima desconhecida — conseguiu adulterar o caráter límpido de Calisto Elói em tão pouco tempo?

De uma novela trágica e triste em “Amor de Perdição“, adentrei em outra profunda e complexa comentando o caráter e interesses dos seres humanos em “A Queda dum Anjo“. Calisto Elói é considerado pelo narrador como “um anjo” e durante as páginas, vemos sua “queda” simbólica e irreparável de uma forma incrível. Mais um livro que gostei da experiência de leitura! Castelo Branco sabia muito bem invocar certos assuntos em seus textos com uma simplicidade e leveza sem igual.

 

:: Já conhecia essa obra? Ou já leu alguma coisa do autor? Deixe seu comentário aqui embaixo para conversarmos!

 

Por hoje é só, amigos! Até mais õ/

DANI RAMOS

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