Resenha: O PRÍNCIPE CORVO.

Hoje a resenha e indicação é sobre O Princípe Corvo. Um romance de época que fala de paixões e desejos e, sobretudo, defende os direitos das mulheres de tê-los em uma época em mal lhes era permitido pensar em direitos, fossem eles quais fossem.Oi oi gente. Com vocês estão? No momento estou um pouco atônita com algumas notícias que saíram na mídia. Afinal, como assim The Big Bang Theory vai ter um final? Gente não estou preparada para dizer adeus okay? Sou muito apegada a esses bolinhos meu povo. Não estou sabendo lidar.

Desabafo feito vamos ao post de hoje (sorry, mas eu precisava externar essa informação), ou seja, ao que realmente importa. Faz um bom tempo que não lanço nenhuma resenha de livro minha aqui no blog e como essa leitura mexeu bastante comigo decidi compartilhar e comentar um pouco com vocês. Espero que gostem e, por favor, surtem bastante comigo. #Fighting

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» Ficha Técnica:

Título: O Príncipe Corvo (Trilogia dos Príncipes #1)
Autora: Elizabeth Hoyt
Editora: Record
Número de páginas: 350
Gênero: Ficção, Literatura estrangeira, Romance
Avaliação: ★★★★★ 5/5 +

» Sinopse:

Ao descobrir que o conde de Swartingham visita um bordel para atender suas “necessidades masculinas”, Anna Wren decide satisfazer seus desejos femininos… com o conde como seu amante.
Chega uma hora na vida de uma dama…
Anna Wren está tendo um dia difícil. Depois de quase ser atropelada por um cavaleiro arrogante, ela volta para casa e descobre que as finanças da família, que não iam bem desde a morte do marido, estão em situação difícil.
Em que ela deve fazer o inimaginável…
O conde de Swartingham não sabe o que fazer depois que dois secretários vão embora na calada da noite. Edward de Raaf precisa de alguém que consiga lidar com seu mau humor e comportamento rude.
E encontrar um emprego.
Quando Anna começa a trabalhar para o conde, parece que ambos resolveram seus problemas. Então ela descobre que ele planeja visitar o mais famoso bordel em Londres para atender a suas necessidades “masculinas”. Ora! Anna fica furiosa — e decide satisfazer seus desejos femininos… com o conde como seu desavisado amante.

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» Opinião:

“(…) É tão mais fácil fazer o que as pessoas esperam de você, Anna.
– Pode ser mais fácil, mas não é necessariamente a coisa certa a fazer, mãe.”

O livro vai contar a história da Anna Wren uma mulher que mora com a sogra e sua criada, que ficou responsável pelas finanças da família desde a morte de seu marido, há cinco anos. Ciente de que seus recursos financeiros estão escassos e da situação insustentável Anna decide que precisa arrumar uma forma de reverter a situação. Então decide sair em busca de um emprego.

Depois de vários nãos a jovem viúva finalmente consegue achar a oportunidade perfeita e começa a trabalhar como secretária de Edward de Raaf, o conde de Swartingham. O cargo em questão é, comumente, ocupado por homens, mas até o momento ninguém conseguiu permanecer no cargo mais do que alguns dias. Desta forma diante do desespero, do mau humor e temperamento terrível do seu chefe, além do curto prazo Hopple (o administrador da abadia) decide acreditar na competência de Anna e conceder um emprego.

Entretanto, várias reviravoltas prometem estremecer a abadia, pois a jovem viúva não só é capaz de enfrentar o terrível temperamento do o conde de Swartingham como também surgem fagulhas de atração entre eles.

“Rosas são engraçadas: espinhosas na superfície, mas tão frágeis em seu interior”

WhatsApp Image 2017-12-06 at 12.46.42Após ler vários comentários, além de muitos elogios a respeito da história decidi dar uma oportunidade a narrativa devo admitir que não me arrependi. Vale salientar que O Príncipe Corvo é o primeiro livro da Trilogia dos Príncipes de Elizabeth Hoyt, série de romance de época adulto originalmente publicada em 2006, mas que chegou ao Brasil pela editora Record apenas em 2017. Os próximos dois livros são: O Príncipe Leopardo e O Príncipe Serpente (que particularmente estou ansiosa para começar a ler).

A narrativa de O Príncipe Corvo é a tipicamente de um romance de época; em terceira pessoa, que intercala as perspectivas de Anna e Edward trazendo várias perspectivas de uma mesma situação e enriquecendo o enredo com toques de diversão, ironia e uma paixão avassaladora, além da cenas para lá que calientes (uh lalala).

Quanto a escrita da autora Elizabeth Hoyt eu simplesmente não consigo não rasgar elogios. Durante todo o livro a leitura consegue manter o ritmo entre os capítulos, as cenas são bem descritas e os pequenos mistérios vão nos cativando e despertando aquele velho desejo de saber mais, descobrir como todas as peças vão se encaixar e o futuro desse casal bem singular. A todo momento a leitura consegue ser fluida, natural e envolvente, com personagens cativantes, carismáticos, decididos e extremamente fortes.

Além disso cada início de capítulo traz um trecho do conto que dá nome ao livro. Uma fábula linda que aos poucos vai se encaixando perfeitamente com a narrativa e com os dilemas vivenciados pelos personagens, que acaba trazendo ainda mais riqueza a obra, pois o leitor tem a sensação de acompanhar duas histórias e ambas são capazes de atrair sua atenção, te fazer vibrar.

Obviamente por ser um romance de época o romance acaba se desenvolvendo de forma sutil e leve até Anna descobrir que Edward frequenta um bordel em Londres para satisfazer suas necessidades masculinas e ela acha super injusto que ela como mulher, por causa da sua posição, também não pode desfrutar dos mesmo privilégios e desfrutar das mesmas liberdades. Portanto, vamos ter uma leitura com aquela pontinha de crítica social a como os homens se portam e as diferenças de gênero a liberdades não só sexuais mais como um todo, que mesmo tendo tendo um contexto de época tornam-se super atuais e bem encaixadas. Afinal, Anna como viúva sempre se torna alvo fácil de fofoca e preconceito, por ser uma mulher, por ser viúva e por ter aceitado um emprego até então inexistente.

Anna Wren é, sem sombra de dúvida, minha personagem favorita da obra. Mesmo surtando em alguns pontos com suas atitudes eu adorei seu temperamento forte, jeito decidido, o modo como não se deixa abater e de não abaixar a cabeça para quem quer que seja. Além de sua personalidade sempre questionadora, que sempre fazia comparações e buscava respostas, principalmente no que diz respeito às diferenças de papéis atribuídos a homens e mulheres.

Como nem tudo são flores devo adiantar que em alguns pontos achei que alguns conflitos acabaram perdendo a essência por serem resolvidos de forma super simples e rápida, ou seja, algumas pontas foram resolvidas como um passe de mágina sem dar aquele tom de profundidade e expectativa que a narrativa vinha apresentando. Mesmo assim não foi algo que me incomodou. É apenas um ponto que poderia ter tornado a leitura ainda mais marcante e prazerosa.

O Príncipe Corvo fala de paixões e desejos e, sobretudo, defende os direitos das mulheres de tê-los em uma época em que a elas mal se era possível pensar em direitos, fossem eles quais fossem. O duque, por sua vez, cativa por seu ar taciturno e mal-humorado, criando o clima de tensão ideal para uma história ao estilo amor e ódio entre os protagonistas.

Em outras palavras está é uma excelente dica para quem busca uma leitura leve, envolvente e que proporciona ótimos momentos de entretenimento.

Até a próxima..
Super beijo,
Polly ❤

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