Resenha: ALABARDAS, ALABARDAS, ESPINGARDAS, ESPINGARDAS.

Oi, pessoal! Hoje, sexta-feira, vamos falar de mais um livro do projeito de leitura #1ANOCOMSARAMAGO que estou participando! Esse mês de abril será dois livros e já finalizei um deles, que é: Alabardas, Alabardas, Espingardas, Espingardas do José Saramago! Vamos conversar sobre ele um pouquinho então, people.

 

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» Ficha Técnica:

Autor: José Saramago

Editora: Porto Editora

Ano de lançamento: setembro de 2014

Número de páginas: 134

Gênero: Literatura portuguesa, Romance, Ficção

Avaliação★★★★ 4.5/5 (Ótimo)

 

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» Sinopse:

Aquando do seu falecimento, em 2010, José Saramago deixou escritas trinta páginas daquele que seria o seu próximo romance; trinta páginas onde estava já esboçado o fio argumental, perfilados os dois protagonistas e, sobretudo, colocadas as perguntas que interessavam à sua permanente e comprometida vocação de agitar consciências.

Saramago escreve a história de Artur Paz Semedo, um homem fascinado por peças de artilharia, empregado numa fábrica de armamento, que leva a cabo uma investigação na sua própria empresa, incitado pela ex-mulher, uma mulher com carácter, pacifista e inteligente. A evolução do pensamento do protagonista permite-nos refletir sobre o lado mais sujo da política internacional, um mundo de interesses ocultos que subjaz à maior parte dos conflitos bélicos do século XX.

Dois outros textos – de Fernando Gómez Aguilera e Roberto Saviano – situam e comentam as últimas palavras do Prêmio Nobel português, cuja força as ilustrações de um outro Nobel, Günter Grass, sublinham. José Saramago recebeu o Prêmio Camões em 1995 e o Prêmio Nobel de Literatura em 1998.

 

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» Opinião:

Este é um livro incompleto de Saramago, foi deixado apenas trinta páginas feitas sobre esse que seria seu novo romance, porém por uma fatalidade do destino, sua morte veio antes que pudesse finalizá-lo. Todavia, mesmo com apenas essa quantidade de página, o livro já conseguiu abordar um começo de uma história que seria realmente incrível!

Somos apresentados a Artur Paz Semedo, um homem que trabalha na indústria de armas há quase vinte anos nos serviços de faturação de armamento ligeiro e munições e mesmo sendo um amante sobre guerras e armas, nunca havia apertado um gatilho antes! Era um homem nem solteiro, nem casado, nem viúvo, e sim, separado. Sua mulher – Felícia – que era extremamente pacifista, não conseguiu estar casada com alguém que ajuda de certa forma a indústria de armamentos de guerra. E assim, começamos a adentar ao mundo de Artur Paz Semedo. Uma vez que Artuz volta do cinema (após assistir um filme sobre guerra), ele decide comprar o livro original e ao longo das páginas acha uma revelação:

“Aos operários fuzilados em Milão por terem sabotado obuses, hurra.”

Com essa afirmação, Artur começa a uma luta interna contra si mesmo: sentimentos e pensamentos contraditórios sobre essa frase começa a atormentá-lo e logo depois, escolhe ligar para sua ex-mulher (não oficialmente) Felícia para lhe contar o que descobriu na leitura. Agora, Artur começa a questionar os segredos que a empresa que trabalha pode esconder e Felícia com sua coragem e determinação, incentiva Artur a pesquisar nas profundezas dos arquivos da Produções Belona S.A.

Saramago nos presenteia com esse começo e outros detalhes valiosíssimos durante a leitura, quando chegamos em uma parte interessante e crucial, o livro acaba, nos deixando com aquele sentimento de vazio e curiosidade sobre o que poderia ter sido sua continuação. Contudo, ao mesmo tempo que finalizamos essa incompleta obra, conhecemos dois textos emocionantes e profundos de Fernando Gómez Aguilera e Roberto Saviano. Complementando as ideias e suas opiniões sobre o autor José Saramago. Com um aperto no coração, me despedi desse pequeno livro imaginando inúmeras possibilidades de continuações e como nosso eterno Saramago iria terminá-lo…

 

Vocês já leram ou conheciam este livro do José Saramago? Sabiam que era uma obra incompleta? Gostaram?

 

Por hoje é só, meus amores!

Até mais.

Por: DANI RAMOS.

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